quinta-feira, 4 de junho de 2009

As mulheres de trinta

"As mulheres de 30"

O que mais as espanta é que, de repente, elas percebem que já são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, de Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer'.

Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: 'Madame Bovary c'est moi'. E a Marilyn Monroe, que fez tudo aquilo entre 30 e 40?

... O que mais encanta nas de 30 é que parece que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Mas, para isso, como elas se preocupam com a barriguinha!

... Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelas, embora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros. Já notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.

... A mulher de 30 ainda não fez plástica. Não precisa. Está com tudo em cima... Quando resolve, vai pra valer... Mata o homem, tenha ele 20 ou 50. E o hálito, então? É fresco...

Mas o que mais me encanta nas mulheres de 30 é a independência. Moram sozinhas e suas casas têm ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertas. Elas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, à hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.

São fortes as mulheres de 30. E não têm pressa pra nada. Sabem aonde vão chegar. E sempre chegam.

Chegam lá atrás, no Balzac: 'A mulher de 30 anos satisfaz tudo'.

(por Mário Prata)


Identifico-me com este texto, provavelmente como tantas outras mulheres que estão na casa dos trinta... Tem sido sem dúvida a minha melhor fase. Que idade fantástica!!
A independência, a liberdade adquirida através do auto-conhecimento, das batalhas vencidas e das desilusões ultrapassadas. Posso dizer que sou uma mulher realizada, de bem com a vida e com uma filha espectacular. Com um amor conquistado:)
E o ritmo.... a cor que a vida ganha, a sedução, a vontade de dançar, dançar, dançar muito. E rir bem alto!
E por falar em ritmo e alegria...vamos,carregua no play, aumenta o volume, descalça os sapatos e dança :)








Thomas Crown, lembram-se? ;)

Thomas Crown, milionário enfadado pela sua vida sistémica e rotineira, não só arquitecta um plano (infalível) de assalto a um banco, como ainda controla à distância um bando de rufias (que nunca o viram) para executar o trabalho. Vicky Anderson, investigadora de seguros, suspeita de Crown, apesar de não conseguir encontrar qualquer prova que o implique ao crime cometido. A caça abre, a caçadora avança para a sua presa e eis que algo vai contra os planos de ambos: acabam inevitavelmente apaixonados! Até ao final do filme ficamos na dúvida qual dos dois vai prevalecer: o amor ou o sentido do dever.

Tudo em Thomas Crown Affair é um jogo, desde a maneira em como as personagens interagem entre si, até à forma em como o realizador engana o espectador. Ao tom simpático e ligeiro que acompanha todo o filme sucede um gosto amargo da reviravolta final.

A título de resumo, o que realmente se vê é a interacção entre as duas personagens, a química sexual presente durante todo o filme, num ambiente repleto de estilo e ostentação.



Fantástico, um dos meus filmes preferidos pelo enredo, envolvencia, sedução.

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