terça-feira, 4 de agosto de 2009

Panorama Além

Hoje tive um dia um tanto ou quanto estranho. Nem sei bem descrevê-lo.
Provávelmente devido ao meu estado de espírito... Assim quando conseguir descrever este dia, escreverei sobre o assunto.
Ainda ando a apalpar terreno, como se costuma dizer. Não sei o que esta experiência me trará...
Talvez dependa de mim.
Eu, que nem sei dizer como estou.... Talvez um pouco como este poema, ou muito!...
Não sei onde estou... Não me sinto...
Não fazia ideia o quanto iria sentir falta de mim. Bem sei que estas palavras que escrevo parecem absurdas. Antes fossem...

Panorama Além

"Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada.

Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: -o luar triste na geada...

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui.

Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...
Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?"

(Cecília Meireles)

1 comentário:

  1. Olá irmã!
    Claro que tudo depende de ti mana!
    Achei piada ao poema, e porque também escreveu: "Não encontro caminhos fáceis
    de andar... Por que
    havemos de ser unicamente
    humanos, limitados em chorar?"
    Tu tens uma alma irmã que te adora e que está sempre do e ao teu lado... por esse caminho!
    que tal fazeres um pouco de barulho? Rires alto como costumas? Fazeres palhaçadas? Dares cor ao que for? ... mudares a paisagem! :)

    Beijinhos e obrigado pelo apoio que me tens dado!
    Cati

    ResponderEliminar